A dermatoscopia é um importante método de visualização e avaliação Dermatológica com auxílio de um aparelho que amplifica a imagem em até 400x e emite feixes de luz que atingem camadas profundas da pele permitindo a visualização de pigmento, vasos e padrões inflamatórios. 

Com ele, a visualização da pele, cabelos e unhas é muito mais detalhada. Além disso, permite a identificação de estruturas não visíveis a olho nu, proporcionando o diagnóstico do melanoma em estágios muito iniciais, quando ainda não seria reconhecido pela simples aparência clínica.

É utilizado para auxiliar o diagnóstico de câncer de pele, doenças inflamatórias e do couro cabeludo. Além disso, em pacientes com múltiplos sinais de pele (nevos melanocíticos), as imagens da dermatoscopia podem ser registradas e comparadas ao longo do tempo (dermatoscopia digital). Desta forma, é possível detectar alterações muito iniciais sugestivas de malignidade e reduzir o número de biópsias desnecessárias das lesões que permanecem estáveis. 

A aplicabilidade da dermatoscopia vai além do câncer de pele. Lesões benignas podem, eventualmente, ser confundidas com tumores malignos de pele, como ceratoses seborreicas, angiomas ou dermatofibromas, sendo facilmente reconhecidos por este exame. Várias lesões inflamatórias, como o líquen plano, também mostram achados típicos na dermatoscopia. Algumas doenças infecciosas, como a escabiose (“sarna”), tem seu diagnóstico muito facilitado, possibilitando a visualização do parasita na pele.

A tricoscopia utiliza o mesmo parelho que a dermatoscopia, através do exame é possível visualizar estruturas do fio de cabelo e alterações no couro cabeludo que também não seriam vistas a olho nu, permitindo o diagnóstico de alopecias, doenças inflamatórias e o acompanhamento do tratamento. Também é possível o registro fotográfico do exame para acompanhamento e posterior avaliação.